quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Receita para ser feliz

Tenho refletido muito sobre as buscas que fazemos dia a dia em nossas vidas. Temos planos que são nossos ou que esperam que alcancemos? Somos o que gostaríamos ou tentamos nos encaixar socialmente, ou mais, será que só o que queremos é nos encaixar socialmente? Sem dúvida o ser humano é muito complexo, apesar de as respostas a essas questões serem simples.

Um trecho de um livro me inspirou a escrever sobre minha trajetória no ano de 2012
“Quem se conhece é possuidor de sabedoria a um passo da autoiluminação que o torna profundamente feliz. Aquele que se ignora caminha inseguro e enfermo emocional, buscando soluções fora dele, realizando processos de transferência de culpa a fim de poder suportar-se...” (do livro em busca da verdade)

Quando passei a me conhecer para saber em que ponto dessa trajetória eu estava, comecei a buscar as respostas para minhas dúvidas, e com isso aprendi que a resposta estava na observação, na reflexão, no entendimento e compreensão do meu ser essencial.

Durante todo o ano de 2012 li muito a respeito da psiquê do ser humano, de como funcionamos e como respondemos aos estímulos e situações com as quais nos deparamos, e sem dúvida para mim, isso foi fundamental, pois quanto mais eu me compreendia, mas a calma habitava em meu coração.

São vários os fatores que nos levam a caminho da compreensão de nós mesmos, acho que o primeiro deles é quando cansamos de resistir e bater de frente com as situações em que a vida nos coloca. Ninguém quer viver em conflito e enfrentamentos, é como viver em um país onde o conflito armado é constante e não há descanso. Então porque brigamos tanto com a gente mesmo? No meu caso era porque eu queria ser como eu não conseguia ser, eu queria achar que tudo estava sempre bem, mesmo quando parecia não estar, e isso até parece um contrassenso, pois na verdade tudo está sempre bem, quando tomamos este "estar bem" por estar certo. Mesmo a harmonia do universo às vezes parece ser caótica, mas o equilíbrio requer um pouco de claro e escuro para estar em harmonia. Ou seja, nossa sombra interior também colabora em nossa evolução, pois ela é natural e faz parte da nossa essência. Por isso, tive que entender porque se fazia guerra dentro de mim se o que eu mais queria era estar em paz.

Foi aí que parei de brigar comigo mesma e tentei entender o que eu estava sentindo, porque me sentia daquele jeito e principalmente, passei a respeitar o que eu sentia. Percebi que meu orgulho de querer estar acima de todos os fatos, me impedia de entrar em contato com a minha própria dor em aceitar que certas coisas ainda me machucavam, e que isso não significava fraqueza e sim, como me dizia minha querida terapeuta, isso é "ser humano". Somos seres em constante evolução, então aprendi que o que não é natural é nos sentirmos sempre acima do bem e do mal, pois nós somos esse bem e esse mal, o natural é que estejamos sempre em interação com estes modos de sentir, é a natureza é o ser humano.

E quanto mais eu investigava meus sentimentos e minhas reações diante das diversas situações pelas quais passei, mais eu me sentia leve, sem o fardo de me cobrar estar bem 24 horas por dia. Todo ser humano se acha um pouco Deus, ou pelo menos, gostaria de ser Deus, ser superior a tudo e a todos, não se abalar por nada, e acho que isso tem um pouco a ver com os sentimentos de baixa estima misturado ao orgulho, que penso ser utilizado por nós como uma arma de defesa, pra não nos sentirmos iguais a todo mundo, e nos fazermos especiais para nós mesmos. Só que na verdade não pensamos que o orgulho, ao mesmo tempo que é uma arma, é também um fardo, pois se nos achamos superiores a todos, cobramos de nós uma postura superior, e não natural, o que nos leva sempre a um sofrimento interno cruel, pois nós somos humanos.

E foi isso que me levou a entender o quanto essa aceitação de minhas dores e dessa sombra que habita meu ser, me fazia sentir mais humana, e quanto mais humana fui me sentindo, mais em paz e feliz fui ficando. Isso porque minhas energias foram se equilibrando, conectando minhas reais emoções ao meu corpo e meu espírito. Essa atitude anterior de querer me sentir sempre bem, levou-me a desenvolver em mim uma sede de poder, o poder de controlar minha vida, meu destino, meus sentimentos. Sabe quando a gente diz pra gente mesmo: "Eu sou dona da minha vida e as coisas vão acontecer do jeito que quero" pois é, era como ser um rei sem um reino. Como você vai controlar o que desconhece? se tiver uma dor de barriga agora nesse momento, ou se sua bexiga estiver cheia, vai conseguir controlar? Eram atitudes totalmente anti-humanas, ao invés de procurar ajudar minha natureza e desenvolver meus verdadeiros potenciais humanos, eu estava alimentando minha sombra e brincando de médico e monstro comigo mesma.

Se fizermos uma tabela no excel, um mapa dos sentimentos que mais nos rodeiam, eu teria colocado na coluna dos não bons o do controladorismo, do orgulho, e do egoísmo todos juntos. Sim, o do egoísmo também, pois quanto mais a gente se sente acima de tudo, mais não queremos a ajuda, mais nos sentimos autossuficientes, e isso é uma ilusão, ou melhor, uma confusão. Confundimos muito as coisas dentro de nós, pelo menos eu, confundia muito. Primeiro achava que estar bem ou estar mal tinha a ver com ser uma pessoa do bem ou do mal, depois que eu deveria viver bem comigo mesma, e que conselhos eram invasões, então era melhor ficar com as minhas próprias opiniões... e por aí vai, sem dúvida uma pessoa radical. Essa seria a outra qualidade que eu colocaria na minha coluna negra do excel.

Pra ver com clareza é preciso entender, compreender, e nada melhor do que a propriedade com que nos contam isso, os estudiosos do comportamento humano, que tanto tem a nos agregar, como você vai querer melhorar aquilo que não conhece? Tenho certeza que você que está lendo este texto, muitas vezes quis ser uma pessoa melhor, até tentou, teve raiva por não conseguir ser e desistiu. Isso é ser humano! Por isso te falo, ajuda tanto quando a gente se entende, vai a um encontro sem máscaras com nosso verdadeiro eu, e entende que tudo que a gente sente é humano, natural, normal.

Acolher a nossa sombra é o melhor jeito de cuidar de nós com carinho. Você vê alguém que tem o mesmo cargo que o seu no trabalho ganhando uma promoção, e sente aquela dor interna, aquela raiva, e ao mesmo tempo sente-se culpado por isso, e se acha uma pessoa do mal. Mas avalie, reflita que nós só sentimos aquilo que existe dentro de nós, só damos do que temos, e talvez aceitar que sentiu-se assim seja melhor do que negar a todos e engolir a seco uma raiva que pode se transformar em uma gastrite aguda.

Aprendi que todo ato de negação de nossa sombra, é um ato de agressão contra nós mesmos, ou seja, você fica doente, mas não admite, enquanto admitir, reconhecer e saber que isso é humano, vai te fazer tão mais feliz. É como se você dissesse a você mesmo: Puxa, me desculpe, mas não consegui me sentir feliz pela promoção de meu colega, e não é por ele, mas sim por me sentir diminuído, preciso tratar minha autoestima. Com isso você não fica doente e nem carrega o fardo da culpa. Tudo que sentimos, independe do exterior, pois está dentro de nós.

Aprendi também que quando planejo demais, me preocupo tanto em traçar metas que me desligo do presente que é onde eu poderia estar desenvolvendo meus potenciais, ao invés de estar traçando limites para eles. Pode não parecer, mas quando dizemos onde queremos estar daqui 5 anos, podemos estar subestimando nossos potenciais, e ao mesmo tempo, querendo controlar o que vai acontecer, como vai acontecer e onde vamos chegar. Já imaginou, 5 anos de cobrança e ansiedade? Aprendi que pra mim, isso não funciona. Concordo em ser prudente, previdente, mas não mais controladora. Daqui 5 anos eu não serei mais como sou hoje, então será que o que é bom pra mim hoje, vai ser daqui 5 anos? E as surpresas da vida, não as mereço? Para mim, prever o futuro é nunca querer ganhar um presente. E eu agradeço a vida pelo não acontecimento de muitas coisas que eu já quis, teriam sido simplesmente catastróficas!

Eu mesma escrevi há uns três anos atrás, e ainda continuo refletindo sobre isso “quero viver até os 112, vivendo um dia de cada vez, o hoje”.
Essa foi mais uma grande lição. Aprendi que só me sinto em paz quando estou “presente” em minha vida. Nem no passado, nem no futuro, e sim no presente. Pois só no presente eu sou, eu realizo, eu sinto, eu evoluo. E, ironia do destino ou não, pra quem viveu praticamente 40 anos querendo controlar tudo, a vida me trouxe grandes lições no ano de 2012 sobre o desapego, ou seria humildade?

Nesse ano, passei momentos de grandes aprendizados. Como, por exemplo, viver um dia após o outro confiando na vida, sem saber o que ia acontecer. Nem quanto vai receber no fim do mês, nem onde vai estar, nem nada! Pra quem tem crença, uma lição de fé, pra quem crê na vida, uma lição de humildade. E para mim, uma lição e uma grande prova de que estamos nesse mundo para aprender e não para controlar. “A certeza é a verdade dos tolos”, ouvi isso em algum lugar e pensei... pois é, quem não duvida, acha que já sabe tudo. Mas essa certeza da qual falo é sobre nós mesmos. Ter a certeza sobre nós vai contra a evolução, é dizermos que já sabemos tudo. E eu levei um ano pra aprender que a vida estava me ensinando que ela sabe mais sobre mim do que eu mesma. Eu acreditei, confiei, tive fé que Deus estava comigo sempre, e que eu estava passando somente pelas situações que me levariam ao desenvolvimento de minhas potencialidades.

Foi simples assim? Não, pode acreditar que este processo ainda está em andamento e vai continuar acontecendo sempre. Talvez eu tenha levado todo esse ano pra compreender o que a vida queria me ensinar, e eu resolvi aprender com ela. Parei de ficar pensando no que ia acontecer no mês seguinte e passei a me ocupar do que tinha para hoje.
O resultado: Gratidão pelo aprendizado. Por que? Sabe o que é você estar com você mesma e sentir-se bem, em paz, coração leve? Eu não sabia, e hoje eu me sinto assim!

Parei de depositar num emprego, num afeto, numa amizade, a responsabilidade da minha felicidade. E outra coisa, entendi que ser feliz não é necessariamente estar sorrindo sempre, mas estar em equilíbrio, as vezes chorar, mas depois compreender e se encher de forças para continuar e sorrir.

É tão curioso ver como as pessoas buscam ser a melhor médica, o melhor engenheiro, o melhor advogado, buscam ter o PHD, e quantos títulos os fizerem mais especiais, e as vezes não cuidam delas mesmas, vivendo o desequilíbrio entre o conhecimento que possuem sobre as coisas do mundo, e o quase nenhum conhecimento que tem sobre si mesmas.

Aprendi que quando me tornei um ser humano melhor, meu trabalho ficou melhor, meus relacionamentos melhoraram. Eu não sei se pra você funciona assim, mas para mim, quanto mais tudo se clareia em meu interior, com mais clareza enxergo a vida, mais amplio meus potenciais e em tudo que me faço consigo expressar essa energia.

Receita para ser feliz? Não existe! Talvez eu tenha escrito no título o que muitas pessoas gostariam de encontrar, mas o meu intento é inspirar você a fazer a sua própria receita. A fazer um ano novo diferente, dentro de você, para que possa viver um ano inteiro cheio de “hojes”. Olhe em volta e veja tudo ao seu redor. Acredito que o que chega em nossa vida é fruto do que atraímos, traduzem nossos valores e interesses, e são essas mesmas coisas que vem nos ensinar a buscar o desenvolvimento de nós mesmos. O que quero dizer é que em vez de correr atrás das consequências, você poderia tentar encontrar as causas, e com isso atrai-las, entendeu?

Ah! acho que o único modo de preparo que vai ter na receita de todo mundo vai ser: Conhece-te a ti mesmo!


Que em 2013 você descubra-se feliz.
Um feliz ano novo a todos
com carinho
Nanny

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Bom mesmo é viver a vida gente!

As vezes passamos uma vida tentando ser como alguém, se vestir como outra pessoa, cortar o cabelo como ela, comprar os sapatos, falar do mesmo jeito, ir ao mesmos lugares....as vezes perdemos uma vida, desperdiçando a oportunidade de oferecer ao mundo uma versão exclusiva e melhor de nós mesmos. Trate-se com carinho, Seja você mesmo, seja realmente feliz!
Porque querer ser como o outro? Um dos primeiros sinais do não estar bem conosco mesmos. Assim o mundo exterior nos parece sempre melhor para viver. Buscar ser o outro é fugir de nossa essência, nos perdendo entre quem realmente somos, e quem gostaríamos de ser. Copiar não é sinônimo de melhorar, e fora da evolução só encontramos a insatisfação, o sofrimento, o vazio em iludir-se e não conseguir realizar. Aproveite o momento para se conhecer. Se não gosta do que vê, hoje é o melhor dia para iniciar as pequenas mudanças. Dê um play para a felicidade e comece dançando no seu ritmo!
O não desenvolvimento de nossas potencialidades, causada pela desconexão com nosso EU real, tem efeitos físicos notáveis, na forma de distúrbios orgânicos que vão nos minando ao longo da vida. Assim chegamos à constatação que todo distúrbio exerce um papel funcional em nossas vidas, pode até ser momentaneamente contido através de medicamentos, porém, não se tratando a causa, não seguindo em busca do seu verdadeiro eu, e da restauração de suas potencialidades, o distúrbio volta a se desenvolver. Por isso tão importante se faz conectar-se, conhecer-se, tratar-se. Somos luzes, como podemos então passar uma vida sem iluminar? O mundo está cheio de possibilidades, até este pequeno texto é um start, para parar e pensar. Brilhem! Em caminhos iluminados podemos apreciar com mais facilidade as belezas da vida.
Quando vencemos a resistência e passamos a entrar em contato conosco mesmo, descobrimos que é preciso coragem, para encarar, admitir, e superar. Perdoar, auto-perdoar, assumir que sua situação atual retrata seu estado interior, e aí nos damos conta do quanto essa busca interior é essencial. E um trabalho em conjunto começa a acontecer. Comando interiores se combinam a aspectos exteriores promovendo uma mudança integral. Ou seja, a verdadeira mudança, pois mudar por fora não existe, aí é apenas dar uma repaginada. A mudança só existe na essência, na raiz da questão. O exterior passa a ser seu retrato fiel, e corpo e espírito se unem denotando nossa verdadeira identidade. Uma viagem está para acontecer, seu visto? Tá na mão, é só embarcar para o seu interior e descobrir um mundo infinito, repleto de aprendizados, e com tantas gratas surpresas, que se soubéssemos, já haveríamos embarcado há muito tempo! E você vai embarcar nessa? Fui!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

PEQUENAS DICAS, GRANDES ATITUDES SEJA FELIZ HOJE, NESTA HORA, NESTA INSTANTE


Não se ofenda, ENTENDA
Não enfrente, ACOMPANHA
Não duvide, ACEITA
Não se revolte, LEVANTA
Não sofra, SORRIA
Não revide, ABRAÇA
Não discuta, CONVERSE
Não castigue, ARREPENDA-SE
Não recrimine, COMPREENDA
Não desanime, PROSSIGA
Não domine, DIVIDA
Não se oprima, EXPRESSA
Não reprima, CLAREIA
Não se esconda, PASSEIA
Não fuja, DÊ AS MÃOS
Não contamine, CONTAGIE
Não sufoque, RESPIRA
Não provoque, ANIMA
Não precipite, AGUARDE
Não se oponha, CONFORTE
Não maldigas, AGREGUE
Não desespere, ESPERE
Não conturbe, OBSERVE
Não julgue, APRENDA
Não destrua, RENOVE
Não minta, SINTA
Não impeça, experimente
Não corra, EQUILIBRA
Não iluda, ELUCIDA
Não se culpe, HUMANIZA
Não invente, ASSUMA
Não exija, CONQUISTA
Não idealize, VIVA
Não obrigue, CONVIDA
Não cobre, DISTRIBUA
Não vitimize, REFLITA
Não cristalize, MOVIMENTA
Não acumule, SELECIONA

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

No palco de salto Alto

Só quando nos relacionamos, somos capazes de nos conhecer ao íntimo, mas pra isso precisamos de muito lucidez...lucidez e vontade de nos enxergar, assim como somos. Ainda crianças em plena fase de crescimento. E é ao soar dos primeiros passos que aprendemos a olhar as pessoas que estão ao nosso redor, com compreensão. A entender que a fraqueza do outro ...no dia de hoje, pode ter sido o motivo do nosso tropeço no passado, ou ainda será a pedra na qual tropeçaremos no futuro.

Somos todos iguais. Sucetíveis a erros e acertos, e a mais errar ainda do que acertar, porque ainda estamos tentando. E as vezes ainda estamos buscando...buscando um caminho, buscando como ser feliz e até mesmo buscando saber quem somos.

Porém uma coisa é fato, somos apenas seres humanos. Nem melhores, nem piores, porém pode ser que sejamos iludidos de quem somos de verdade. Admiro aqueles que se sentem a vontade para julgar. Julgar pessoas, julgar trabalhos, julgar atitudes.

Por isso peço a Deus que me ilumine com seu amor, para que eu possa ter como colírio a compreensão. Peço também que me encha de entendimento, para que meus ouvidos tenham a humildade de aprender, e que mantenha acesa em meu coração a chama da fé, para que meus passos continuem a ser iluminados sempre, mesmo que eu tropece e caia.

Para mim, a vida é assim, evolução constante. E em cada lugar temos a oportunidade de sermos distintos personagens,...assim, como num teatro, com a diferença de que, ao fim de cada cena teremos escrito os desfechos de nosso próximo ato.

No momento em vigência, estou no palco com saltos muito altos. E meu personagem anda por diversos ambientes, as vezes o solo é suave, é reto e pavimentado, às vezes ando sobre paralelepípedos, outras vezes sobre a grama, ou mesmo sobre o chão batido. Os saltos que visto são os do equilíbrio, e eu mesma escolhi meu figurino.

O salto engancha, entorta, bambeia, mas eu vou, eu sigo, me mantenho firme, e a cada vez que entorto o pé eu aprendo que não adianta correr, nem me precipitar, pois isso só me levaria ao chão, mas se eu conseguir manter a serenidade e caminhar com calma posso até ser elegante e receber os aplausos da vida, que me assiste paciente e compreensiva.

A vida é boa, a vida é uma dádiva, pois ela nos permite, nos impulsiona e nos dá todo uma vida para sermos felizes. Encerro esta reflexão com uma frase despertenciosa mas que tem totalmente a ver como meu ato, meu palco, meu momento: Não posso controlar como sou percebida, mas posso controlar como me apresento!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Três anos e 2 meses: O começo, o meio, o fim...de um ciclo


Em outubro de 2009 eu procurei o consultório da psicóloga Dra Andréa Cristina Feitosa, e deu-se início a todo um ciclo em minha vida, que até deu origem a este blog. Gostaria de compartilhar com vocês alguns trechos marcantes de toda essa trajetória, através de minha carta de despedida. Dia 20 de dezembro de 2011 eu tive alta. Agora se inicia um no ciclo, com novos aprendizados, novas constatações, e novas EUS que estão por vir, e é claro, novos posts, e com certeza e muita fé em Deus, uma obra que inspire muitas pessoas a irem ao encontro de si mesmas para viverem a felicidade em toda sua plenitude!

Obrigada a Todos que me ajudaram a chegar até aqui, pelo simples fato de terem convivido comigo, ou muitas vezes terem me ajudado a ver a vida diferente.

O Começo!
São Paulo, 20 de dezembro de 2011.
Querida Dra Andréa,
Há mais de três anos, iniciei um processo de Desilusão comigo mesma.
Desfazer a ilusão de uma Nancy que eu criei pra mim mesma, e com a qual vivi por quase 40 anos foi um desafio, mas uma das melhores coisas que estou fazendo na vida!
Acho que no processo de ir dissolvendo esse mundo no qual eu achava “certo” viver, eu fui entendendo porque o criei. Era muito difícil para mim saber como as coisas deveriam ser e não conseguir fazer com que fossem desse jeito, simplesmente porque eu não conseguia sentir desse jeito...e para suportar esse conflito interior, eu criei uma Nancy. A politicamente correta, a boazinha, a que sorria por fora e chorava de desespero por dentro...não sempre, mas em muitas situações. Por que no meu mundo eu era um ser frágil e indefeso?? Nem eu mesma entendia isso...


A Constatação!
Mas essa Nancy tocou na porta de um consultório, há três anos e dois meses atrás...
O objetivo dela era fazer alguns testes, que ela nem sabia bem o que seriam, e poder fazer a cirurgia do estômago. Bom, ela estava enfrentando umas semanas difíceis, pois teve que admitir que estava obesa, depois de “já ter sido”, “não ter sido mais” e “voltado a ser”. Era tanta coisa pra contar, pra falar, mas eu ainda me lembro que ela chegou lá contando de um cara que ela namorava. Ela não estava feliz, mas também não tinha força pra colocar o cara pra correr. Quanta coisa pra resolver....tanta teoria e conseguir colocar na prática não tava nada fácil. Eu não sabia o que fazer primeiro, era melhor colocar o dedo na tomada e levar um curto, pra ver se alguma coisa acontecia...porque a sensação que eu tinha era a da total estagnação. Simplesmente nada acontecia, dentro de mim. E por isso apesar do meu tamanho, apesar de ter conseguido tantas coisas materiais, em mim habitava o grande buraco de Corali. E aí eu aprendi a primeira lição: mudança é um processo, e processo leva tempo. Mas será então que eu queria mudar?

A Reflexão!
Não era só a questão de operar o estômago e exterminar a possibilidade de uma possível diabetes ou de parar de tomar o remédio da pressão, mas era uma questão de encarar que eu não estava feliz com várias coisas dentro de mim, pois era justamente isso que meu estado físico refletia. Eu já não queria mais toda aquela mobília atravancando minha casa mental, e estava sem paciência pra tirar móvel por móvel...queria jogar uma bomba e emplodir o prédio. Então eu fiz os testes, fui aprovada e passei para a próxima etapa, a do tratamento.

A Paciência!
E foi com toda a paciência que fui “obrigada” a ter no meu primeiro mês pós-cirurgia, que aprendi que vivemos um dia de cada vez. E daí foi uma sequência de coisas que foram me fazendo refletir, discutir, estabelecer uma visão observadora e a realmente olhar com verdade para tudo o que impedia que eu sentisse bem-estar. Uma das primeiras coisas que observei, foi que as pessoas me tratavam com implicância, porque eu mesma implicava comigo. Percebi que a “dor” é um momento para parar, sentir, entender, metabolizar... para depois então conseguir se perdoar e superar.


Ser Humana!
Quem sou eu pra querer que tudo seja perfeito aqui e agora?? Aprendi que emoções são amadurecidas com o viver de experiências, quando a gente realmente se envolve e é verdadeiro. Então não dava pra eu querer ser adulta se eu não tinha passando ainda pela fase adolescente. E foi daí que tive que conviver com minha criança e ter a paciência de vê-la andar por todos os territórios de minha vida, pois pra ser adulta, eu precisava ser criança, adolescente, jovem e depois adulta.
Ninguém dá saltos, o ser humano evolui, caminha, e eu não sou diferente de ninguém: não tenho um acelerador turbo nas minhas costas para sair voando. Portanto fui me movendo, sem ir contra a natureza, mas justamente contando com ela para romper o casulo somente quando eu estivesse forte o suficiente para voar.

O Desenvolvimento!
Eu daí eu me vi crescer. Dei meus primeiros passos, e minha vida caminhou para um contexto adulto. Comprei um carro, parei de namorar meninos e conheci os primeiros homens da minha vida. Tinha bastante teoria pra articular, mas não era fácil ser mulher, e muitas vezes eu sofri, ainda por me sentir tão menina para tudo aquilo. Mas fui corajosa. Dei cabeçada, chorei, sorri, sonhei, realizei e foi, sem medo de ser feliz ou triste, apenas acreditando na inerente evolução do ser humano, que eu andei pra frente.

A Multiplicidade!
E pra sentir o equilíbrio que eu tanto buscava, e me sentir satisfeita e em paz comigo mesma, independente de quem estivesse ou não em minha vida, eu precisava fazer um resgate em todas as estações da minha vida. E como num movimentar de energias eu fiz acontecer várias situações que impulsionaram a Nancy filha, Nancy redatora, Nancy mulher, Nancy amiga, Nancy pessoa. Mas o bom de tudo isso foi ter aprendido a virar minha espectadora assídua, na intenção de compreender minhas próprias expectativas em gestos e palavras. E foi assim que me recolhi em uma atitude positiva de observação, sem censura, sem julgamento, abandonando a culpa, e sentindo minha alma mais leve.

A Energia!
Acredito que tudo o que nos envolve é energia, e essa minha teoria é um aprendizado meu com essa Nancy do ontem, com a Nancy do hoje. Nessa transformação, eu transcendi aos meus pré-conceitos e busquei a meia-medida, a medida que nos faz seres humanos e não super heróis. Eu estava livre não precisava mais salvar ninguém, nem a mim mesma, eu só precisava me entender, e buscar uma maneira de ser feliz. E no movimentar dessas energias de transmutação eu percebi que toda vez que vibrei energia da falta (falta de alimento, falta de amor, falta de felicidade) eu estava enviando para minha alma e ao meu corpo a energia da escassez, fazendo que ele armazenasse tudo o que eu comia, já que estava vivendo na eterna falta, e consequentemente para suportar a falta de amor, eu me protegia dentro dessa capa de gordura. E foi quando então, eu despertei para a quebra desse círculo vicioso em que eu vivi toda a uma vida.

Amor!
E daí eu aprendi que primeiro precisaria entender e amar essa Nancy gordinha, que vivia sorrindo, mas ainda com contava com emoções tão imaturas, tão inocentes. Aprendi entender que ela fez tudo do jeito que podia, já que de uma maneira meio desajeitada buscou sempre fazer o certo. Aliás, aprendi a respeitar o conflito no qual ela vivia, entre tudo que acreditava que era o certo, e o que ela realmente queria ser e fazer.



O Resgate!
E quanto mais eu compreendia essa Nancy dentro de mim, mais ela se sentia convidada a participar de toda essa mudança que estava acontecendo no meu corpo, pois sem ela eu não iria a lugar nenhum. Ela era minha alma, minha essência. E dessa Nancy, nasceu a Nancy de hoje, uma pessoa que consegue refletir, através de sua forma toda a real alegria que sente por ela mesma e pela vida. E daí me dei conta de que toda essa cirurgia, foi uma operação de resgate, uma viagem em busca do meu verdadeiro eu.

O Encontro!
Eu não conhecia a verdadeira Nancy que morava em mim, pois ela estava tão escondida e protegida, que era impossível conhece-la na intimidade. E por isso mais uma vez busquei na paciência e perseverança de minhas crenças, a fé de que eu ia sim conseguir encontrar as respostas, e amadurecer minhas idéias, aprendendo que o ser humano é aquilo que tem condições para ser.

A Evolução!
E como a vida sabe muito bem o momento de nos trazer novas oportunidades de evolução, em 2011 viriam ainda mais duas das grandes e, que movimentariam minha vida pessoal e profissional. E foi num cenário onde tudo parecia tão desfavorável a mim, e onde eu poderia ter optado por ver o caos total, que eu me descobri, compreensiva, mais forte, e principalmente, mais adulta. Tropecei sim por várias vezes, mas a cada pisada me fortalecia. E foi no meio da tempestade que eu me vi mais madura, e compreendi que o que acontecia comigo não era nada demais, nem de menos, e sim o essencial para que minha alma pudesse crescer, e eu cresci. O mais incrível foi constatar como o meu amadurecimento pessoal enriqueceu meu lado profissional, e isso porque as palavras que saem de mim, dizem muito sobre mim.


O Bem-estar!
O poder realmente está dentro de nós, e esse foi meu maior prêmio, descoberto nessas sequências de transformações, que pretendo continuar sempre.
Essa viagem ao encontro de mim mesma, me levou muito além do que eu esperava!
Agora em mim, a menina descansa, depois de ter lutado tanto para se transformar em uma mulher. Nossa, e que mulher! Eu me espantei comigo mesma, e conheci o sentimento de sentir-se bem consigo mesma. Foi um presente da vida, um sentimento que até então eu nunca havia sentido, uma paz na qual eu posso fazer silêncio dentro de mim, para ouvir o mundo a minha volta e para ouvir principalmente a mim mesma.

O Equilíbrio!
Foi um alinhamento de planetas: meu corpo, minha idade, meu espírito, agora sim há conexão. Sinto os primeiros traços do equilíbrio, e consigo ter uma identidade própria. A conquista da paciência em diversas situações, me leva a ter o tempo que preciso para analisar, e principalmente “sentir”. Ao contrário de antes, quando eu negava a falta de paciência, e me sentia culpada por não estar me sentindo bem comigo mesma.
Depois de uma vida pensando no mundo, busco senti-lo.


A Gratidão!
Bom Doutora, tudo isso que escrevi, e que você compartilhou e viveu comigo, e eu quis lhe dizer não pra fazer um simples repeteco, mas pra agradecer, pela ótima companhia que me fez nessa viagem. Como estou grata por ter realmente me desiludido, e agora conseguir dar largos passos na realidade. Obrigada por ter me ajudado a avaliar minhas escolhas e avaliando os melhores caminhos a seguir com clareza, sempre ressaltando os pontos a favor e os contra. E foi aprendendo a ter bom senso que eu cheguei até aqui e que eu vou em frente. Agora somos “a nova eu”, Deus e todas as pessoas que estão a minha volta e que através da convivência me oferecem em cada nova situação um novo jeito de ser, viver, sentir. Agradeço a Deus e ao universo por essa oportunidade.

A Felicidade!
Obrigada por ter estado ao meu lado Dra Andréa, e que a vida lhe sorria do mesmo modo que estou sorrindo agora, cheia de alegria no coração!
Que o ano de 2012 seja tão ou mais maravilhoso do que o de 2011.
Vou feliz.
Beijos com carinho
Nancy


A foto foi feita na noite de Natal 2011, eu e minha tia Daysi

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Acumular doações ou compartilhar conquistas? O que é mais gostoso?


E eu continuo a caminho dos 40 anos, fazendo muitas reflexões sobre a vida. Estes dias, fazendo mais uma das muitas arrumações em meu armário, eu vi outra Nancy. Uma Nancy que conseguiu enfim desapegar-se de do passado. Uma Nancy mais disposta a compartilhar as novas conquistas, do que preocupada em acumular as migalhas de que me sentia merecedora no passado, vou explicar.

Quando olho para o passado, me recordo com muito respeito e carinho da antiga Nancy. Sempre uma pessoa que sentia alegria pela vida, eu queria seguir em frente mas não conseguia, me sentia pesada e atada aos pés por um fio invisível que me prendia ao duro concreto do chão.

Ela era boa de coração, de certo modo muito ingênua por achar que ninguém tinha o direito de magoá-la, só que quando isso acontecia, ela pegava a mágoa e a engolia. E por isso ela que a vida lhe desse coisas para compensar a falta de amor próprio, e implorava o amor do outro, e quando se decepcionava, ela engolia mais mágoa.

E queria de alguma forma ter o sucesso da outra, a beleza da outra, as roupas da outra, o cabelo da outra, e no fundo o que ela queria era ter o bem-estar e a auto-estima da outra, e quando se frustrava, por ver que as coisas materiais dos outros não a preenchiam com bem-estar, ela engolia mas essa mágoa.

E então ela seguiu, queria do fundo do coração se amar, e buscou caminhos e rezou a Deus e teve seu primeiro gesto de gentileza consigo mesmo, e aceitou que era humana, tinha defeitos, que Deus a amava do jeito que ela era, e parou de se sentir culpada por não se gostar, passou a se entender e o mais importante, parou de engolir mágoa.
Ela lutou, sim, passou a vontade para atitudes, enfrentou seu pior inimigo, a baixa-estima, e chorou, sim ela chorou muitas vezes, mas hoje em dia eu vejo como foi importante a minha antiga eu ter passado por tudo que passou....cada trecho do caminho me trouxe onde cheguei hoje, à paz, ao bem-estar, a alegria plena de viver uma vida de gentileza.
Sabe, todo mundo já escutou a historinha da borboleta....o que será das forças de suas asas se ela não se esforçar para sair do casulo? Estamos no mundo pra evoluir, e só evolui quem age, e não quem contempla....

Bom, para vocês entenderem porque tudo isso surgiu dessa arrumação que eu fiz no meu armário, vou lhes contar, que no passado quando eu fazia uma arrumação no meu armário eu encontrava doações... “isso fulano me deu” “essa outra ganhei da beltrana”, nada tinha minha cara meu jeito, mas eu achava que aquelas coisas iam me trazer um pouco do que aquelas pessoas eram ou tinham.

No meu quarto era tudo velho, móveis de pessoas que eu nem sabiam quem eram, uma coisa de cada jeito, e eu não me via em nada. Eu olhava e perguntava quem era eu? Onde eu me encaixava em tudo aquilo? Aí é que estava, eu não me encaixava dentro de mim, no corpo que eu tinha, nas minhas emoções....sempre procurando que coisas ou outras pessoas pudessem tapar o buraco que eu não admitia que existia dentro de mim.

Sabe, eu não me achava capaz de ter as coisas como as outras pessoas, por isso estava sempre me achando merecedora da doação dos outros, então eu não tinha as coisas que eu queria, mas sim o que alguém não ia mais usar....e hoje eu vi que vivia uma vida implorando por migalhas materiais, porque achava que era muita pretensão minha ter uma vida feliz e bem sucedida. E é mais fácil sentar e esperar do que arregaçar as mangas e lutar.

Na verdade eu achava que a vida tinha obrigação de me dar, e não me dava conta do papelão que eu estava fazendo agindo desse jeito, então se alguém falasse que tinha algo que não usava mais pra me dar eu abria um sorriso imenso....não pensava nem se eu iria usar ou não, nem sabia o que era...mas acho que inconscientemente eu pensava: “enfim a vida vai me dar alguma coisa”....
Eu não percebia que eu era assim, e muito menos que eu me colocava numa posição de vítima da vida pois, quantas milhões de pessoas como eu estavam na vida lutando para terem suas coisas??? Porque a vida teria obrigação de me dar???

Além de tudo, eu era egoísta, e o que aconteceu? Eu engordei engolindo todo tipo de sentimento, isso depois de ter lutado e emagrecido 100kgs. Nossa! Olho para trás hoje e vejo como desta vez me enxergar como realmente sou fez 100% de diferença no meu emagrecimento. A gente só emagrece de verdade quando não engole mais os sentimentos que não queremos enxergar, porque senão a gente tira da vista e põe no estômago, e na minha vida de hoje não há mais lugar para isso.

Bom, voltando ao armário, ... antes eu fazia arrumações pra caber direito tudo que eu tinha “ganhado”, e acumulava, acumulava acumulava, se eu abrisse o armário caía tudo. E, além de tudo se me perguntavam se eu tinha algo pra dar para os necessitados eu dizia que não tinha nada....o que não era mentira, porque de meu lá não tinha nada mesmo, e as vítimas nunca tem nada pra dar para os outros elas são as necessitadas.

Hoje olhei para meu armário e pensei, nossa Nancy, que beleza!! Lembro de quando comprei cada peça, de quando usei cada vestidinho pela primeira vez, cada peça tem um pedacinho da minha história. Hoje sei quem eu sou, me reconheço no meu lar, nos meus enfeites, e se ganhei presentes, não é mais porque os outros não iriam usar mais, são novos, mais coisas com minha cara e meu jeito.

E sabe qual é a novidade? Sempre tenho algo pra dar, sempre penso com alegria em além de dar uma peça de roupa, dar todo meu amor pela vida junto com ela, para que quem receba não se sinta uma vítima, para que quem receba sinta um pouco mais de amor por sim mesmo.

Passei de uma acumuladora de doações para uma compartilhadora de conquistas, pois de tudo que dou mando um pedacinho meu,....é como neste blog, em que cada palavra carrega um pouquinho da minha gratidão para com a vida e para com Deus, por terem me ofertados situações e extrema importância para meu aprendizado.

Hoje eu me vejo em mim, me encaixo em mim e posso até espalhar um pouco de mim por aí. Tenho tanto para dar, roupas, palavras, alegrias...e aprendi que estamos onde nos colocamos.

Benditos sejamos todos que lutamos e temos coragem de aceitar que somos seres em evolução, sem culpa, mas com olhos verdadeiros para enxergar nossos defeitos, sem mágoa, mas com fé nos desígnios de Deus, sem tristeza, mas com gratidão a tudo que temos e somos...quanto mais meu coração se enche de alegria, mais meu corpo fica leve.
Trate do seu espírito com amor e viva o sucesso de uma vida repleta de oportunidades!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A caminho dos 40 ....


A vida me presenteou de várias formas nas últimas décadas.

Mas isso, porque eu me abri, ou seja, estive receptiva a receber estes presentes. E presentes não são somente boas situações, mas sim todas as situações que nos impulsionam ao movimento, que nos fazem ir alem. Hoje escrevi no meu facebook, que nao podemos mudar o passado, mas sem dúvida o passado pode nos mudar...e nossa....como ele mudou.

Olho para trás e vejo que há poucos anos de distancia eu era outra Nancy. Uma pessoa sedenta por viver, mas que seguia aos trancos e barrancos. Hoje, depois de toda essa transformação vivida, não só a física, mas principalmente a emocional, eu cresci, me equilibrei, e o mais importante me encontrei.


Eu estava há anos me preparando para este encontro com a minha verdadeira identidade....e depois desta cirurgia é que eu entendi que não se tratava apenas de transformar um corpo gordo em um corpo magro, mas sim em ultrapassar todas essas camadas de gordura para realizar este grande encontro. E então, eu me vi, me aceitei com meus defeitos e virtudes, tive paciência para tropeçar e levantar várias vezes, e então eu compreendi meus motivos, eu lutei contra as coisas que me faziam sofrer e pouco a pouco fui trocando de roupa, de lugar, de idéias...e tomei gosto por mudar. Porque cada vez que a gente muda, a gente dá chance pra vida nos surpreender, e eu dei a primeira chance, mudando de idéia sobre a cirurgia, que eu era contra, por não compreende-la direito, e realizando-a.


Mas eu sabia que não ia ser fácil, pois ninguém muda de identidade nesse processo, isso é ilusão....na verdade no passo a passo da coisa, a gente vai é ao encontro de nossa verdadeira identidade...e vamos nos conhecendo, vendo quem realmente somos, debaixo de tudo aquilo. Não é fácil nos encarar, mas eu apostei na coragem e fui...e, nossa! Como me sinto em paz agora!
E nessa hora o físico se mistura ao emocional, como se um simbolizasse o outro, é real e ao mesmo tempo abstrato, e acredito que todos que passam por uma grande transformação vivem este momento. O momento único do encontro com o eu.

Eu não faço apologia à cirurgia, acho que cada caso é um caso...mas uma coisa eu digo em voz bem alta: Invistam na terapia! Somente através do autoconhecimento é que há transformação, é que há crescimento, é que a gente troca o velho pelo novo, e é que a gente dá a chance pra vida nos surpreender.

Não cultive idéias resistentes....o ser humano é flexível, então melhor não fugirmos à nossa natureza tentando ser pedra, madeira ou ferro. Não fomos criados para sermos couraças, e sim conteúdos.
E a parte mais linda de tudo é quando as pessoas nos olham e conseguem ver nosso conteúdo, aí sim borboleteamos, saímos do casulo, ficamos livres, coloridas, leves e voamos.

Por isso a caminho dos 40 eu só tenho uma coisa a dizer: Obrigada vida! Obrigada por me fazer chegar até aqui tão positiva, tão crescida e tão feliz. E o mais gratificante, feliz por mim, pela saúde, pela beleza de uma vida repleta de possibilidades que me ensinou a seguir livre, amar-me como sou, e que a cada dia me impulsiona mais além. Somos tudo o que queremos ser! Então queira ser feliz, sempre!



A fotinho: eu e minha amiga Evelyn!

domingo, 19 de junho de 2011

Sua vida, seu filme


Há quem não goste de filmes pois o fim ja está escrito, pois já existem as falas e um roteiro constrói toda uma trama, na maioria das vezes com final feliz.

Mas o que as pessoas não param para pensar é que nossa vida já tem roteirista e escritor e somos nós mesmos. O fim também vai ser escrito por nós, sendo a somatória de nossas atitudes. Por isso quanto mais conhecermos o principal personagem desta nossa vida/ficção, que somos nós mesmos, mais pontos vamos somando para termos um final feliz.
Esta semana em conversa com uma amiga fiquei analisando que muitas vezes esperamos que a vida nos aceite, que a vida nos reconheça, que a vida nos faça feliz....só que a vida nos dá aquilo que damos a nós mesmos.

Será que nos tratamos bem, será que nos valorizamos, será que reconhecemos nosso valor?? Ficar à mercê da opinião dos outro não é um bom caminho, pois condicionamos nossa felicidade a todas as coisas que os outros podem fazer por nós....e pode acreditar que as pessoas que nos rodeiam ja fazem muito por paritipar de nosso filme e nos ajudarem a chegar a nosso final feliz.

É pela convivência que descobrimos nossa potencialidades, que reconhecemos nossa aptidões, que enxergamos nossas virtudes e defeitos.
Então pra assumir que somos responsáveis por nossas próprias histórias precisamos tomar posse de nossa caneta do destino e escrever nosso roteiro. Somos sim responsáveis independente de onde estejamos.

Outra verdadeira arte nesse filme da vida real é sabermos sair de nós mesmos e abandonarmos os caprichos do personagem, entendendo que por mais que sejamos o principal personagem do nosso filme, convivemos com milhões de principais personagens de seus próprios filmes, ou seja, não somos nem melhores, nem piores, e estamos sujeitos a tudo o que todo mundo está sujeito, mas somos donos das nossa atitudes...não precisamos agir igual a todo mundo, podemos ser únicos em nossas decisões, o que faz com que nosso filme seja único, e nossa história seja diferente da de todo mundo.

Sair da casca do ovo é uma atitude ousada, abandonando nossos problemas para viver o mundo. Eu sempre tive uma tendência forte pra fica escondida quando as coisas não iam bem, me achando injustiçada e a vítima do mundo....fui percebendo que esse comportamento só me afundava cada vez mais, criando uma energia ao meu redor que me afastava cada vez mais dos bons acontecimentos. Porque nossos problemas são pior que o dos outros? Existe uma única resposta pra isso: Porque são nossos! E é lógico porque muitas vezes passamos períodos dentro da casca do ovo, enclausurados em nosso pequeno universo da auto-piedade. Compartilhe a alegria de um amigo, sinta-se feliz por ele, saia de dentro da casca, para viver a vida....quanto mais solidariedade se doa, mais se recebe.
Se jogar no mundo dá medo, mas só viveu uma história de dar a volta por cima, quem foi lá e se atirou.

Não existe receita de bolo para um final feliz, cada um tem seu próprio jeito, por isso mais uma vez eu digo que cada história é única. Inspire-se nas boas histórias, nos filmes de final feliz, e pense que você pode escrever um final diferente para você, independente de quantos anos tenha. Nunca é tarde pra escrever o capítulo da reviravolta.

Todos os dias vivemos experiências que nos mostram exatamente onde está o novo caminho a seguir, só temos que ser verdadeiros conosco mesmo e enxergar.
Pouco a pouco vamos escrevendo um novo capítulo feliz, a vida sempre nos dá tempo, nos da outra chance, nos da uma nova história pra ser vivida.
O que nos diferencia dos filmes, é que eles já são histórias com finais escritos, e a nossa vai sendo escrita em real time isso as torna especiais, emocionantes e únicas!

Vá em frente coloque mais emoção na sua história, pense em como desenvolver seu personagem e ampliar seus potenciais.
E não se esqueça de que histórias com finais feliz foram escritas com muito amor, principalmente pela vida.....não chore mais pelo que passou e não cobre da vida a revanche.....desapegue-se do que passou, o nome já diz "passado", tipo assim, ficou pra trás, já era, abandone o que não serve mais, mude o modelito do seu personagem, criando a sua própria moda e estilo de ser e sorria para o futuro que o aguarda.

Vida feliz, final feliz, afinal sua vida, seu filme!

Obs: Na foto eu e minha amiga Aninha.
Eu em um vestido de oncinha? Quem poderia imaginar!!! Foi uma ousadia escrever vários capítulos da minha história para chegar até aqui e viver esse momento, valeu a pena cada vírgula!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Saneamento Básico!



Tenho pensado muito sobre o termo limpeza, e não é do ambiente, é uma limpeza interna mesmo.
Todos os dias circulamos de lá pra cá contracenando com diversas pessoas em vários ambientes e nao pensamos na energia que dissipamos e absorvemos. A todo tempo uma troca constante, e pra mim, que gosto da minha calma e adoro a sensação de bem-estar, as vezes a casinha interior fica meio entulhada.

Por isso eu acho que as vezes precisamos de um tempo com a gente mesmo, até para conseguir entrar dentro da nossa casinha interior e ver tudo que está por lá.

Terminei um relacionamento há uns 5 meses, até hoje acho uma poeira aqui, uma sujeirinha debaixo do tapete, uma folhas que voaram no quintal. Dá vontade de cruzar os braços sentar e ficar olhando, ou então bater a porta e deixar tudo do jeito que está. Isso não é preguiça de limpar! é que junto com a sujeira estão os artigos de decoração que estiveram decorando nossa casinha durante aquele relacionamento. Nao podemos negar que foram muitos os presentes, os bons momentos, os vasinhos de flores, que estavam cheios de florzinhas na época, e que agora secaram.

Renovar não é fácil! É encarar que se tivemos momentos de dor, tivemos bons momentos também, e pra isso precisamos mais uma vez da nossa boa e velha vassoura da CORAGEM.
E aí eu lembro, dou uma espanada, uma varridinha, junto com a pá e colo o saco de lixo pro caminhão levar. Todo mundo precisa de um tempo pra metabolizar, e jogar as energias para o universo, trocando por novas energias. Embalo os objetos de decoração e coloco para doação, ou os guardo por um tempo para coloca-los em nova disposição.

O ponto é que se queremos convidar outra pessoa pra conhecer nossa casinha temos que limpa-la, dar uma saneada, enfeita-la com nossas qualidades, deixa-la mais com a nossa cara. Abrir as portas e janelas e deixar o ar entrar, dar uma burrifadinha do nosso perfume e colocar algo saboroso pra cozinhar. Ou seja, precisamos estar bem, para bem receber.

Por isso, se você também está passando por esse processo, pratique um pouco de saneamento básico todos os dias. Largue pra lá a preguiça e pense o quanto bem faz deitar na cama a noite e naqueles poucos minutinhos diários em que visita sua casinha interior, encontrá-la limpinha e perfumada! Aí você vai sentir aquela paz, aquele bem-estar e pensar, “puxa, valeu a pena”.

Eu sei que às vezes lembranças podem ser dolorosas, mas menos doloroso é encarar algumas horinhas de faxina, do que 365 de caos diário!

Dispense as culpas, não corra atrás de possíveis "e se". As coisas simplesmente foram do jeito que deveriam ser. E nunca se esqueça de que nós escolhemos que fica e quem sai de nossa casinha.


Bote a casa em ordem e você vai receber uma bela visita! É simples e feliz assim!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Somos o que pedimos!!!


Quem já nao pediu pra ganhar na mega-sena??
Quem já nao pediu um amor pra vida toda??
Quem já nao pediu uma vida de sucesso??

Ninguém quer ficar com o pior, ou na pior, e nem estamos aqui pra isso, mas o problema todo está no que quero e porque quero.

Todo mundo quer ser convidado pra volta ao mundo e sentar na janelinha.
Mas, ao contrario do que a maioria das pessoas pensa, eu não acho que estamos aqui a passeio,

Portanto querer dinheiro, e tudo o mais pra ter a vida perfeita não é um fim, nao é objetivo a ser alcançado, ou seja não estamos aqui pra isso. Tudo isso pode ser uma consequência de outros objetivos alcançados, como, por exemplo o de ser um ser humano melhor.

Tem gente de mau coração com dinheiro? Tem, claro,...como há desfavorecidos de mau coração também.

Em vez de ficar correndo atrás de sonhos que a Terra há de comer, se pergunte o que está realmente fazendo aqui.

Eu estou no mundo pra ser feliz, e depois de começar a sentir o equilíbrio em minha vida, eu comecei a analisar as coisas que desejo para mim.

E aí fui analisando coisas por coisas, e até fazendo um panorama geral dos mais variados desejos das pessoas ao meu redor, porque observar os atos alheios também é uma forma de olharmos fundo dentro de nós.

Ouvi vários desejos:
“Quero um homem que me banque, pague todas as minhas contas....”
“Não quero mais ter que ouvir ninguém.....”
“Não quero saber de perdoar quem me traiu.....”
“Quero que aquela pessoa vá para o inferno.....”
.....bom, e muitas outras coisas....”


Mas a verdade é uma só, a vida nos dá aquilo que damos a ela.


Se você da as costas para alguém, a vida vai te dar as costas

Se você vai atrás de alguém buscando seus próprios interesses, tenha a certeza de que encontrará alguém que também encontrará em você os interesses dela

Na vida tudo é energia, e os interesses são fulgazes.
Raramente ouvi pessoas dizendo que gostariam de ser seres humanos melhores, ouvi de
poucas, e fiquei feliz quando ouvi.

E assim comecei a desejar coisas que posso oferecer ao universo
Quero a felicidade, pois todos os dias posso ser feliz
Desejo ser perdoada quando erro, porque tenho a capacidade de perdoar
Quero aprender, porque sou capaz de compartilhar meus conhecimentos com as pessoas.....
Quero a fidelidade, pois posso oferecer isso a meu companheiro
Quero carinho, pois tenho a capacidade de oferecer carinho às pessoas
Quero a amizade, meu coração é do tamanho dos meus amigos.
Quero a prosperidade, pois trabalho com dedicação por ela, e para que ela me de subsídios para eu escrever livros que possam ajudar as pessoas a serem mais felizes.....


E se queremos o amor incondicional, devemos analisar se estamos prontos para amar as pessoas como elas são. Você já disse: “Quero alguém que me ame do jeito que eu sou!”
Eu já disse várias vezes, e passei a me perguntar se eu sou capaz de fazer isso, .....é um exercício diário de compreensão de nós mesmos e de nossas limitações.
Enfim, comecei a analisar tudo o que eu posso oferecer, e isso começou a guiar meus pedidos ao universo.

Outra questão também que me fez refletir muito foi quanto às solicitações de querer uma pessoa que resolva todos os nossos problemas. Penso que toda vez que queremos isso já nos colocamos na posiçãi de quem é incapaz de resolver nossos próprios problemas...nos diminuímos e nos colocamos na posição de vítima.....ja eu prefiro acreditar que sou forte sim, e consigo enfrenta-los....assim é mais feliz!

E terminando do mesmo jeito que comecei, pensei em tudo isso e analisei que
a energia que emanamos ao universo atraí pessoas e coisas para nossa vida, e que para pedirmos precisamos primeiro nos analisar, nos conhecer.

Quer saber o que anda pedindo??
Nosso nível de felicidade atual nós mostra exatamente atrás do que estivemos correndo até hoje

Então vamos começar a pedir com mais cuidado, nos conhecendo mais, porque sem dúvida se somos o que pedimos, temos o que merecemos.
Um lindo final de semana
Bjs
Nanny




segunda-feira, 11 de abril de 2011

Equilíbrio




O que é o equilíbrio senão a exata medida entre o pouco e o muito, o justo valor entre o caro e o barato, a real medida entre o grande e o pequeno.... são tantos comparativos, para algo que se sente que fico até em dúvida se seria possível medi-lo.
Após a cirurgia do estômago, ou melhor, antes mesmo dela, em meados de minha preparação, busquei dentro de mim o equilíbrio, e descobri que ele não morava lá.
Onde teria ido parar? Aí parei e me perguntei, será que já me senti equilibrada? Nossa, nunca tinha pensado nisso. Mas também como ser equilibrada com um biotipo desequilibrado, hormônios desequilibrados e emoções desequilibradas? Eu estava mais para bomba H, um vulcão de emoções....era tudo junto agora.

Se isso me fazia bem? De certo que não...era a perfeita divisão entre mente, corpo e espírito, que vagavam separadamente, e sem o alinhamento entre eles só há a ausência do equilíbrio, era a falta do “eu” dentro de mim.
Detectando meu real estado de sentir, percebi que faltava aquela sensação de bem-estar, de calma, e entendam bem, que alegria é um estado, que pode viver mais ao limiar da euforia, do que da paz, e eu sempre fui uma pessoa com tendência para ser alegre.

Com o decorrer dos anos, e após o recomposição de minha “bio energia”, devido à toda transformação pela qual meu corpo, minha mente e meu espírito foram passando, eles foram ficando mais próximos um do outro, e quanto mais diminuía a minha ansiedade, os meus medos, e os fantasmas do passado iam se apagando como borrões, o eixo entre meus “três eus” foi se alinhando como planetas em um sistema solar, e então comecei a sentir uma estranha sensação de calma, de paz e finalmente, de bem-estar.

Eu não precisava mais correr atrás de mim mesma. Percebi que passei uma vida procurando por mim mesma, eram meus três eus (corpo, mente e espírito) um procurando pelo outro como num jogo de rato, gato e cachorro.

E aí foi que nesse encontro eu percebi como o equilíbrio era essencial para que eu me sentisse, para eu encontrar minha verdadeira identidade, para eu poder começar a questionar minhas emoções.

Pois não basta somente sentarmos no psicólogo, terapeuta, psiquiatra, ou seja lá o que for, e tentarmos encontrar retalhos no meio da bagunça. Imagine que sua mente é um sótão abandonado há anos... de repente você resolve entrar e procurar alguns retalhos que devem estar lá em algum lugar...se não arrumar geral, ou seja, remexer tudo mesmo, não conseguirá encontrá-los... e caso os encontre, o restante de você permanecerá lá todo bagunçado, empoeirado...

E foi com essa analogia que percebi o quanto é importante cuidarmos de nossos sentimentos com carinho, de nos conhecermos. Aí acho que é a parte um pouco mais complexa, pois temos que nos encarar para encontrarmos o equilíbrio. E descobri também que precisamos estar equilibrados para vivermos a realidade, pois quando estamos desequilibrados, as coisas não tem pesos e medidas reais, e tudo que vivemos é ilusão de nossas mentes, pois tendemos a distorcer tudo, até nossa visão física de nós mesmos é uma visão distorcida.
E isso tudo que estou contando não tem a ver somente com fazer ou não a cirurgia do estômago, esta foi apenas a minha experiência, que uso como exemplo para falar da importância do encontro conosco mesmo.
Encontre-se, sinta o equilíbrio dentro de você. Não é um movimento rápido, requer cultivo, paciência...é a cada dia abrir uma nova gaveta, descobrir as lembranças que estão guardadas lá...decidir o que fazer com elas, ou seja, é um passo a passo.

Vale a pena começar a sentir a paz em você mesmo. Sabe aquele bem-estar de se sentir feliz por você mesma, de não faltar ninguém pra te “completar”, pois sua companhia é agradável e você curte os momentos que está com você mesmo??...nossa, como é bom!
Porém deixe a porta do sótão aberta sim, e convide a entrar apenas quem te acrescentar coisas boas, pois ninguém vive ou evolui sozinho. Nada melhor do que o conviver para nos despertar sentimentos e nos mostrar, através das relações, como somos verdadeiramente.
Uma linda semana a todos, com muito equilíbrio, amor e bem-estar!

segunda-feira, 14 de março de 2011

AUTOCONHECIMENTO E CORAGEM UM CONVITE À FELICIDADE


Uma vez ouvi alguém dizer que para se matar haveria de se ter muita coragem, e eu sempre me questionei a esse respeito, pois para mim esse era um ato de desistência.
Eu penso que para viver é preciso ter coragem, pois a cada dia a vida nos oferece um desafio, pois viver significa evoluir compulsoriamente. Ou a gente vai de vontade própria, ou a vida nos arrasta, mas que a gente vai, ah! isso vai!
Esse post de hoje me foi motivado por um livro que estou lendo chamado A Imensidão dos Sentidos....uma visão espírita da psiquê humana, mas que independente dos aspecto religioso, nos traz grande conhecimento embasado na psicologia humana.
O capítulo que li hoje falava sobre o autoconhecimento, e gostaria de transcrever alguns trechos que acho muito importante para todos nós que passamos ou estamos passando por esse processo de transformação seja ele qual for:
"O caminho do autoconhecimento nos leva a uma compreensão profunda do comportamento pessoal"
"o autoconhecimento dá à criatura sabedoria suficiente para que saiba julgar a si própria - pré-requisito para pode entender os outros"
"em geral, conhecer a si mesmo significa reconhecer e aceitar que há em nós os dois lados de todas as coisas. Somos capazes de ter medo e valentia, de sentir raiva e ternura, de ser generosos e egoístas, frágeis e fortes. Uma das grandes bênçãos do autoconhecimento é seu poder de transformar, a longo prazo, nossa vulnerabilidade em pontos fortes, ou seja, nosso temor transforma-se em coragem, nosso sofrimento num caminho para a integridade"
"ao descobrirmos as raízes que sustentam nossos atos e atitudes, ou ao tomarmos contato com certos aspectos psicológicos que não havíamos percebido em nós mesmos, seremos conduzidos à fonte de nossa sanidade"

Pessoal está tudo aí! Diante de nós próprios, esse é o segredo da felicidade.....conhecer a si mesmo, se entender, se respeitar, aceitar sentimentos menos nobres que por vezes não conseguimos conter....e tentar descobrir o que nos desencadeia esses sentimentos, e tratá-los e principalmente, enfrentá-los, e não simplesmente fugir deles.
Pois quando fugimos de nós mesmos e alegamos a infelicidade e falta de ânimo para seguir adiante, ou esperamos que alguém apareça para nos fazer feliz, estamos desistindo, praticamente colocando fim à nossa vida, e tenho certeza que mesmo tendo que ter muita coragem para enfrentar seus medos e se conhecer, tudo valerá 100% à pena.
Nunca é tarde para ser feliz, que tal agora?

Bibliografia: A Imensidão dos Sentidos - Um estudo psicológico da sensibilidade humana de Francisco do Espírito Santo Neto

segunda-feira, 7 de março de 2011

O prazer de comer


Depois que fiz a cirurgia do estômago e comecei a tratar minhas ansiedades, descobri o prazer de comer. Ou melhor, descobri que nunca me alimentei com prazer, e sim por necessidade de me satisfazer, de sentir meu estômago cheio, de armazenar nutrientes.
Aos poucos, conforme perdi a necessidade de acumular os alimentos em meu corpo, fui me alimentando por outros motivos, e descobri a sensação de comer por prazer, de degustar de sentir o paladar realmente descobrir o sabor dos alimentos, e principalmente dos temperos. Antes, parecia que eu sentia só o sal ou o açúcar, agora sei identificar os temperos, porque o meu paladar mental mudou.
Como é bom sentir esse prazer, e pra dar o toque final a essa descoberta, preparei um delicioso capeleti com cebolinhas francesas, e molho de páprica picante com alecrim. Hummm que aroma espetacular. E pra ficar completa essa saborosa refeição acomanha um vinho que casa perfeitamente com esta iguaria!
Um lindo carnaval a todos e vamos degustar mais sabores desta vida deliciosa!

quarta-feira, 2 de março de 2011

2 anos!


2 anos!

Dia 08 de fevereiro comemorei 2 anos de borboletismo, dessa transformação, essa cirurgia emocional vivenciada dia apos dia, do qual a cirurgia do estômago fez parte.
Foram tantos acontecimentos nesse período, e todos num romper de situações que me fizeram sempre escolher por qual caminho seguir. Eu que sempre tive dificuldade para escolher por onde ir, pra ser dona da minha direção, tive que ter coragem, enfrentar e fazer minhas escolhas. Foram e são muitos momentos de alegria, mas também foram muito momentos de crises, onde pela primeira vez eu não fugi, não me escondi, eu voei de encontro a elas, e as reverti. Porque é assim que nós borboletas aprendemos a lidar com a vida, por mais frágeis que pareçamos, e por mais aterrorizante que possa parecer a tempestade, nós confiamos, nos abrigamos durante a chuva pesada, e aprendemos a reconhecer o momento certo de batermos nossas asas para fora e ver tudo como está, e por tudo em ordem. Não há caos que não possa ser ordenado, situação que não possa ser revisitada, avaliada e modificada. Tudo tem jeito e estamos no mundo pra dar um jeito. O nosso jeito de ser feliz, o nosso jeito de evoluir, e só há um jeito, sendo feliz. Sem felicidade não saímos do lugar, a revolta é uma ancora que nos prende aos mesmos lugares, às mesmas situações, aos mesmo empregos, aos mesmos relacionamentos. Já a felicidade é leve, ela nos deixa voar cada vez mais alto, em direção aos nossos sonhos. E aí está a diferença entre quem se esforça com raiva e quem se esforça com amor pelo que busca.
E isso foi uma das maiores lições que aprendi, ser feliz basta, e nos leva sempre alem, como um ímã, atrai os acontecimentos até nós. E daí a gente sente que quanto mais nos conhecemos, quanto mais enfrentamos nossos medos e dúvidas e aumentamos nossa autoconfiança, menos precisamos compensar as coisas. Hoje não preciso mais comer meus problemas, minhas angustias....simplesmente os encaro e os resolvo. Não preciso mais me proteger com medo de sentir dor, porque a partir do momento que fui lá e encarei o monstro interior de frente, ele se enfraqueceu e eu me descobri mais forte do que nunca. Os confrontos foram muitos, mas todos valeram à pena. Por isso, se somos livres para escolher. Que todos possamos fazer as melhores escolhas para evoluirmos.
A todos que acompanharam meu blog, que ficou mais de 6 meses parado, mas agora voltará, tenho um conselho amigo para dar: Obesidade é só um efeito. Trate a causa! Se conheça, descubra porque está obeso. A cirurgia do estômago é só uma parte do tratamento. O seu corpo está do jeito que você precisa que ele esteja. Então invista em terapias que te ajudem a se redescobrir e a partir daí o céu é o limite. E isso não só em relação à obesidade, mas em tudo que não está nos deixando sentir a felicidade plena. Se você não descobrir o porque e tratar, precisará da sua proteção de volta, e a gordura pode voltar com tudo. Então trate-se, descubra o que te faz infeliz e principalmente o que te traz felicidade!
Lute pela sua! Com amor, tudo vale à pena, tudo conduz à felicidade!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Novas experiências


Quando somos uma nova pessoa, todas as experiências são novas.
Isso porque tudo sentimos diferente.
Quem nos vê após uma cirurgia de gastroplastia pensa:
- NOssa como ela está diferente!
E realmente estamos por fora e muito mais do que se imagina "por dentro"
Isso é o mais marcante de tudo para mim.
Nossa! como os sentimentos que tenho agora são diferentes.É como se eu nunca houvesse sentido antes. Parecia que antes tudo ficava meio afastado de mim, e acho que ficava mesmo, acho que a gordura não me deixava entrar em contato comigo mesma, acho que me mantia como numa redoma, pois agora eu sinto com intensidade como se tivesse saído debaixo de uma chuva torrencial sem a menor proteção.
Agora tudo é novo. Eu sou uma nova pessoa, não dá mais pra ser do mesmo jeito, é como se tivessem me dado nova identidade. Não no jetio alegre Nancy de ser, mas no jeito de sentir. Hoje percebo a delicadeza dos movimentos, dos ventos, do tempo.
Hoje sei esperar, hoje me percebo, hoje me entendo e me aceito.
Hoje consigo me sentir mais palpável, mais real, hoje eu tenho forma definida, e definitivamente é muito bom ser assim, ser real e não a personagem que eu me imaginava ser antes.
E olha que eu nunca fui perseguida, nem rejeitada e nem nada disso, mas eu mesma me excluía das situações nas quais nem eu mesma conseguia me ver incluída.
Hoje eu sou atuante, presente, faço parte.
E essas novas experiências me fazem com que eu me sinta como uma pessoa que viveu cega por 30 anos e agora ganhou um par de olhos novinhos em folha, e pela primeira vez pode ver o mundo, observar dar novos pontos de vista, ver de uma outra forma, de um outro jeito.
Hoje eu me sinto assim, especial pra mim mesma e tudo tem gosto, tem cheiro de novo, mas acima de tudo, tudo é real.....hoje , eu não vivo mais um sonho!