quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Acumular doações ou compartilhar conquistas? O que é mais gostoso?


E eu continuo a caminho dos 40 anos, fazendo muitas reflexões sobre a vida. Estes dias, fazendo mais uma das muitas arrumações em meu armário, eu vi outra Nancy. Uma Nancy que conseguiu enfim desapegar-se de do passado. Uma Nancy mais disposta a compartilhar as novas conquistas, do que preocupada em acumular as migalhas de que me sentia merecedora no passado, vou explicar.

Quando olho para o passado, me recordo com muito respeito e carinho da antiga Nancy. Sempre uma pessoa que sentia alegria pela vida, eu queria seguir em frente mas não conseguia, me sentia pesada e atada aos pés por um fio invisível que me prendia ao duro concreto do chão.

Ela era boa de coração, de certo modo muito ingênua por achar que ninguém tinha o direito de magoá-la, só que quando isso acontecia, ela pegava a mágoa e a engolia. E por isso ela que a vida lhe desse coisas para compensar a falta de amor próprio, e implorava o amor do outro, e quando se decepcionava, ela engolia mais mágoa.

E queria de alguma forma ter o sucesso da outra, a beleza da outra, as roupas da outra, o cabelo da outra, e no fundo o que ela queria era ter o bem-estar e a auto-estima da outra, e quando se frustrava, por ver que as coisas materiais dos outros não a preenchiam com bem-estar, ela engolia mas essa mágoa.

E então ela seguiu, queria do fundo do coração se amar, e buscou caminhos e rezou a Deus e teve seu primeiro gesto de gentileza consigo mesmo, e aceitou que era humana, tinha defeitos, que Deus a amava do jeito que ela era, e parou de se sentir culpada por não se gostar, passou a se entender e o mais importante, parou de engolir mágoa.
Ela lutou, sim, passou a vontade para atitudes, enfrentou seu pior inimigo, a baixa-estima, e chorou, sim ela chorou muitas vezes, mas hoje em dia eu vejo como foi importante a minha antiga eu ter passado por tudo que passou....cada trecho do caminho me trouxe onde cheguei hoje, à paz, ao bem-estar, a alegria plena de viver uma vida de gentileza.
Sabe, todo mundo já escutou a historinha da borboleta....o que será das forças de suas asas se ela não se esforçar para sair do casulo? Estamos no mundo pra evoluir, e só evolui quem age, e não quem contempla....

Bom, para vocês entenderem porque tudo isso surgiu dessa arrumação que eu fiz no meu armário, vou lhes contar, que no passado quando eu fazia uma arrumação no meu armário eu encontrava doações... “isso fulano me deu” “essa outra ganhei da beltrana”, nada tinha minha cara meu jeito, mas eu achava que aquelas coisas iam me trazer um pouco do que aquelas pessoas eram ou tinham.

No meu quarto era tudo velho, móveis de pessoas que eu nem sabiam quem eram, uma coisa de cada jeito, e eu não me via em nada. Eu olhava e perguntava quem era eu? Onde eu me encaixava em tudo aquilo? Aí é que estava, eu não me encaixava dentro de mim, no corpo que eu tinha, nas minhas emoções....sempre procurando que coisas ou outras pessoas pudessem tapar o buraco que eu não admitia que existia dentro de mim.

Sabe, eu não me achava capaz de ter as coisas como as outras pessoas, por isso estava sempre me achando merecedora da doação dos outros, então eu não tinha as coisas que eu queria, mas sim o que alguém não ia mais usar....e hoje eu vi que vivia uma vida implorando por migalhas materiais, porque achava que era muita pretensão minha ter uma vida feliz e bem sucedida. E é mais fácil sentar e esperar do que arregaçar as mangas e lutar.

Na verdade eu achava que a vida tinha obrigação de me dar, e não me dava conta do papelão que eu estava fazendo agindo desse jeito, então se alguém falasse que tinha algo que não usava mais pra me dar eu abria um sorriso imenso....não pensava nem se eu iria usar ou não, nem sabia o que era...mas acho que inconscientemente eu pensava: “enfim a vida vai me dar alguma coisa”....
Eu não percebia que eu era assim, e muito menos que eu me colocava numa posição de vítima da vida pois, quantas milhões de pessoas como eu estavam na vida lutando para terem suas coisas??? Porque a vida teria obrigação de me dar???

Além de tudo, eu era egoísta, e o que aconteceu? Eu engordei engolindo todo tipo de sentimento, isso depois de ter lutado e emagrecido 100kgs. Nossa! Olho para trás hoje e vejo como desta vez me enxergar como realmente sou fez 100% de diferença no meu emagrecimento. A gente só emagrece de verdade quando não engole mais os sentimentos que não queremos enxergar, porque senão a gente tira da vista e põe no estômago, e na minha vida de hoje não há mais lugar para isso.

Bom, voltando ao armário, ... antes eu fazia arrumações pra caber direito tudo que eu tinha “ganhado”, e acumulava, acumulava acumulava, se eu abrisse o armário caía tudo. E, além de tudo se me perguntavam se eu tinha algo pra dar para os necessitados eu dizia que não tinha nada....o que não era mentira, porque de meu lá não tinha nada mesmo, e as vítimas nunca tem nada pra dar para os outros elas são as necessitadas.

Hoje olhei para meu armário e pensei, nossa Nancy, que beleza!! Lembro de quando comprei cada peça, de quando usei cada vestidinho pela primeira vez, cada peça tem um pedacinho da minha história. Hoje sei quem eu sou, me reconheço no meu lar, nos meus enfeites, e se ganhei presentes, não é mais porque os outros não iriam usar mais, são novos, mais coisas com minha cara e meu jeito.

E sabe qual é a novidade? Sempre tenho algo pra dar, sempre penso com alegria em além de dar uma peça de roupa, dar todo meu amor pela vida junto com ela, para que quem receba não se sinta uma vítima, para que quem receba sinta um pouco mais de amor por sim mesmo.

Passei de uma acumuladora de doações para uma compartilhadora de conquistas, pois de tudo que dou mando um pedacinho meu,....é como neste blog, em que cada palavra carrega um pouquinho da minha gratidão para com a vida e para com Deus, por terem me ofertados situações e extrema importância para meu aprendizado.

Hoje eu me vejo em mim, me encaixo em mim e posso até espalhar um pouco de mim por aí. Tenho tanto para dar, roupas, palavras, alegrias...e aprendi que estamos onde nos colocamos.

Benditos sejamos todos que lutamos e temos coragem de aceitar que somos seres em evolução, sem culpa, mas com olhos verdadeiros para enxergar nossos defeitos, sem mágoa, mas com fé nos desígnios de Deus, sem tristeza, mas com gratidão a tudo que temos e somos...quanto mais meu coração se enche de alegria, mais meu corpo fica leve.
Trate do seu espírito com amor e viva o sucesso de uma vida repleta de oportunidades!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A caminho dos 40 ....


A vida me presenteou de várias formas nas últimas décadas.

Mas isso, porque eu me abri, ou seja, estive receptiva a receber estes presentes. E presentes não são somente boas situações, mas sim todas as situações que nos impulsionam ao movimento, que nos fazem ir alem. Hoje escrevi no meu facebook, que nao podemos mudar o passado, mas sem dúvida o passado pode nos mudar...e nossa....como ele mudou.

Olho para trás e vejo que há poucos anos de distancia eu era outra Nancy. Uma pessoa sedenta por viver, mas que seguia aos trancos e barrancos. Hoje, depois de toda essa transformação vivida, não só a física, mas principalmente a emocional, eu cresci, me equilibrei, e o mais importante me encontrei.


Eu estava há anos me preparando para este encontro com a minha verdadeira identidade....e depois desta cirurgia é que eu entendi que não se tratava apenas de transformar um corpo gordo em um corpo magro, mas sim em ultrapassar todas essas camadas de gordura para realizar este grande encontro. E então, eu me vi, me aceitei com meus defeitos e virtudes, tive paciência para tropeçar e levantar várias vezes, e então eu compreendi meus motivos, eu lutei contra as coisas que me faziam sofrer e pouco a pouco fui trocando de roupa, de lugar, de idéias...e tomei gosto por mudar. Porque cada vez que a gente muda, a gente dá chance pra vida nos surpreender, e eu dei a primeira chance, mudando de idéia sobre a cirurgia, que eu era contra, por não compreende-la direito, e realizando-a.


Mas eu sabia que não ia ser fácil, pois ninguém muda de identidade nesse processo, isso é ilusão....na verdade no passo a passo da coisa, a gente vai é ao encontro de nossa verdadeira identidade...e vamos nos conhecendo, vendo quem realmente somos, debaixo de tudo aquilo. Não é fácil nos encarar, mas eu apostei na coragem e fui...e, nossa! Como me sinto em paz agora!
E nessa hora o físico se mistura ao emocional, como se um simbolizasse o outro, é real e ao mesmo tempo abstrato, e acredito que todos que passam por uma grande transformação vivem este momento. O momento único do encontro com o eu.

Eu não faço apologia à cirurgia, acho que cada caso é um caso...mas uma coisa eu digo em voz bem alta: Invistam na terapia! Somente através do autoconhecimento é que há transformação, é que há crescimento, é que a gente troca o velho pelo novo, e é que a gente dá a chance pra vida nos surpreender.

Não cultive idéias resistentes....o ser humano é flexível, então melhor não fugirmos à nossa natureza tentando ser pedra, madeira ou ferro. Não fomos criados para sermos couraças, e sim conteúdos.
E a parte mais linda de tudo é quando as pessoas nos olham e conseguem ver nosso conteúdo, aí sim borboleteamos, saímos do casulo, ficamos livres, coloridas, leves e voamos.

Por isso a caminho dos 40 eu só tenho uma coisa a dizer: Obrigada vida! Obrigada por me fazer chegar até aqui tão positiva, tão crescida e tão feliz. E o mais gratificante, feliz por mim, pela saúde, pela beleza de uma vida repleta de possibilidades que me ensinou a seguir livre, amar-me como sou, e que a cada dia me impulsiona mais além. Somos tudo o que queremos ser! Então queira ser feliz, sempre!



A fotinho: eu e minha amiga Evelyn!

domingo, 19 de junho de 2011

Sua vida, seu filme


Há quem não goste de filmes pois o fim ja está escrito, pois já existem as falas e um roteiro constrói toda uma trama, na maioria das vezes com final feliz.

Mas o que as pessoas não param para pensar é que nossa vida já tem roteirista e escritor e somos nós mesmos. O fim também vai ser escrito por nós, sendo a somatória de nossas atitudes. Por isso quanto mais conhecermos o principal personagem desta nossa vida/ficção, que somos nós mesmos, mais pontos vamos somando para termos um final feliz.
Esta semana em conversa com uma amiga fiquei analisando que muitas vezes esperamos que a vida nos aceite, que a vida nos reconheça, que a vida nos faça feliz....só que a vida nos dá aquilo que damos a nós mesmos.

Será que nos tratamos bem, será que nos valorizamos, será que reconhecemos nosso valor?? Ficar à mercê da opinião dos outro não é um bom caminho, pois condicionamos nossa felicidade a todas as coisas que os outros podem fazer por nós....e pode acreditar que as pessoas que nos rodeiam ja fazem muito por paritipar de nosso filme e nos ajudarem a chegar a nosso final feliz.

É pela convivência que descobrimos nossa potencialidades, que reconhecemos nossa aptidões, que enxergamos nossas virtudes e defeitos.
Então pra assumir que somos responsáveis por nossas próprias histórias precisamos tomar posse de nossa caneta do destino e escrever nosso roteiro. Somos sim responsáveis independente de onde estejamos.

Outra verdadeira arte nesse filme da vida real é sabermos sair de nós mesmos e abandonarmos os caprichos do personagem, entendendo que por mais que sejamos o principal personagem do nosso filme, convivemos com milhões de principais personagens de seus próprios filmes, ou seja, não somos nem melhores, nem piores, e estamos sujeitos a tudo o que todo mundo está sujeito, mas somos donos das nossa atitudes...não precisamos agir igual a todo mundo, podemos ser únicos em nossas decisões, o que faz com que nosso filme seja único, e nossa história seja diferente da de todo mundo.

Sair da casca do ovo é uma atitude ousada, abandonando nossos problemas para viver o mundo. Eu sempre tive uma tendência forte pra fica escondida quando as coisas não iam bem, me achando injustiçada e a vítima do mundo....fui percebendo que esse comportamento só me afundava cada vez mais, criando uma energia ao meu redor que me afastava cada vez mais dos bons acontecimentos. Porque nossos problemas são pior que o dos outros? Existe uma única resposta pra isso: Porque são nossos! E é lógico porque muitas vezes passamos períodos dentro da casca do ovo, enclausurados em nosso pequeno universo da auto-piedade. Compartilhe a alegria de um amigo, sinta-se feliz por ele, saia de dentro da casca, para viver a vida....quanto mais solidariedade se doa, mais se recebe.
Se jogar no mundo dá medo, mas só viveu uma história de dar a volta por cima, quem foi lá e se atirou.

Não existe receita de bolo para um final feliz, cada um tem seu próprio jeito, por isso mais uma vez eu digo que cada história é única. Inspire-se nas boas histórias, nos filmes de final feliz, e pense que você pode escrever um final diferente para você, independente de quantos anos tenha. Nunca é tarde pra escrever o capítulo da reviravolta.

Todos os dias vivemos experiências que nos mostram exatamente onde está o novo caminho a seguir, só temos que ser verdadeiros conosco mesmo e enxergar.
Pouco a pouco vamos escrevendo um novo capítulo feliz, a vida sempre nos dá tempo, nos da outra chance, nos da uma nova história pra ser vivida.
O que nos diferencia dos filmes, é que eles já são histórias com finais escritos, e a nossa vai sendo escrita em real time isso as torna especiais, emocionantes e únicas!

Vá em frente coloque mais emoção na sua história, pense em como desenvolver seu personagem e ampliar seus potenciais.
E não se esqueça de que histórias com finais feliz foram escritas com muito amor, principalmente pela vida.....não chore mais pelo que passou e não cobre da vida a revanche.....desapegue-se do que passou, o nome já diz "passado", tipo assim, ficou pra trás, já era, abandone o que não serve mais, mude o modelito do seu personagem, criando a sua própria moda e estilo de ser e sorria para o futuro que o aguarda.

Vida feliz, final feliz, afinal sua vida, seu filme!

Obs: Na foto eu e minha amiga Aninha.
Eu em um vestido de oncinha? Quem poderia imaginar!!! Foi uma ousadia escrever vários capítulos da minha história para chegar até aqui e viver esse momento, valeu a pena cada vírgula!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Saneamento Básico!



Tenho pensado muito sobre o termo limpeza, e não é do ambiente, é uma limpeza interna mesmo.
Todos os dias circulamos de lá pra cá contracenando com diversas pessoas em vários ambientes e nao pensamos na energia que dissipamos e absorvemos. A todo tempo uma troca constante, e pra mim, que gosto da minha calma e adoro a sensação de bem-estar, as vezes a casinha interior fica meio entulhada.

Por isso eu acho que as vezes precisamos de um tempo com a gente mesmo, até para conseguir entrar dentro da nossa casinha interior e ver tudo que está por lá.

Terminei um relacionamento há uns 5 meses, até hoje acho uma poeira aqui, uma sujeirinha debaixo do tapete, uma folhas que voaram no quintal. Dá vontade de cruzar os braços sentar e ficar olhando, ou então bater a porta e deixar tudo do jeito que está. Isso não é preguiça de limpar! é que junto com a sujeira estão os artigos de decoração que estiveram decorando nossa casinha durante aquele relacionamento. Nao podemos negar que foram muitos os presentes, os bons momentos, os vasinhos de flores, que estavam cheios de florzinhas na época, e que agora secaram.

Renovar não é fácil! É encarar que se tivemos momentos de dor, tivemos bons momentos também, e pra isso precisamos mais uma vez da nossa boa e velha vassoura da CORAGEM.
E aí eu lembro, dou uma espanada, uma varridinha, junto com a pá e colo o saco de lixo pro caminhão levar. Todo mundo precisa de um tempo pra metabolizar, e jogar as energias para o universo, trocando por novas energias. Embalo os objetos de decoração e coloco para doação, ou os guardo por um tempo para coloca-los em nova disposição.

O ponto é que se queremos convidar outra pessoa pra conhecer nossa casinha temos que limpa-la, dar uma saneada, enfeita-la com nossas qualidades, deixa-la mais com a nossa cara. Abrir as portas e janelas e deixar o ar entrar, dar uma burrifadinha do nosso perfume e colocar algo saboroso pra cozinhar. Ou seja, precisamos estar bem, para bem receber.

Por isso, se você também está passando por esse processo, pratique um pouco de saneamento básico todos os dias. Largue pra lá a preguiça e pense o quanto bem faz deitar na cama a noite e naqueles poucos minutinhos diários em que visita sua casinha interior, encontrá-la limpinha e perfumada! Aí você vai sentir aquela paz, aquele bem-estar e pensar, “puxa, valeu a pena”.

Eu sei que às vezes lembranças podem ser dolorosas, mas menos doloroso é encarar algumas horinhas de faxina, do que 365 de caos diário!

Dispense as culpas, não corra atrás de possíveis "e se". As coisas simplesmente foram do jeito que deveriam ser. E nunca se esqueça de que nós escolhemos que fica e quem sai de nossa casinha.


Bote a casa em ordem e você vai receber uma bela visita! É simples e feliz assim!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Somos o que pedimos!!!


Quem já nao pediu pra ganhar na mega-sena??
Quem já nao pediu um amor pra vida toda??
Quem já nao pediu uma vida de sucesso??

Ninguém quer ficar com o pior, ou na pior, e nem estamos aqui pra isso, mas o problema todo está no que quero e porque quero.

Todo mundo quer ser convidado pra volta ao mundo e sentar na janelinha.
Mas, ao contrario do que a maioria das pessoas pensa, eu não acho que estamos aqui a passeio,

Portanto querer dinheiro, e tudo o mais pra ter a vida perfeita não é um fim, nao é objetivo a ser alcançado, ou seja não estamos aqui pra isso. Tudo isso pode ser uma consequência de outros objetivos alcançados, como, por exemplo o de ser um ser humano melhor.

Tem gente de mau coração com dinheiro? Tem, claro,...como há desfavorecidos de mau coração também.

Em vez de ficar correndo atrás de sonhos que a Terra há de comer, se pergunte o que está realmente fazendo aqui.

Eu estou no mundo pra ser feliz, e depois de começar a sentir o equilíbrio em minha vida, eu comecei a analisar as coisas que desejo para mim.

E aí fui analisando coisas por coisas, e até fazendo um panorama geral dos mais variados desejos das pessoas ao meu redor, porque observar os atos alheios também é uma forma de olharmos fundo dentro de nós.

Ouvi vários desejos:
“Quero um homem que me banque, pague todas as minhas contas....”
“Não quero mais ter que ouvir ninguém.....”
“Não quero saber de perdoar quem me traiu.....”
“Quero que aquela pessoa vá para o inferno.....”
.....bom, e muitas outras coisas....”


Mas a verdade é uma só, a vida nos dá aquilo que damos a ela.


Se você da as costas para alguém, a vida vai te dar as costas

Se você vai atrás de alguém buscando seus próprios interesses, tenha a certeza de que encontrará alguém que também encontrará em você os interesses dela

Na vida tudo é energia, e os interesses são fulgazes.
Raramente ouvi pessoas dizendo que gostariam de ser seres humanos melhores, ouvi de
poucas, e fiquei feliz quando ouvi.

E assim comecei a desejar coisas que posso oferecer ao universo
Quero a felicidade, pois todos os dias posso ser feliz
Desejo ser perdoada quando erro, porque tenho a capacidade de perdoar
Quero aprender, porque sou capaz de compartilhar meus conhecimentos com as pessoas.....
Quero a fidelidade, pois posso oferecer isso a meu companheiro
Quero carinho, pois tenho a capacidade de oferecer carinho às pessoas
Quero a amizade, meu coração é do tamanho dos meus amigos.
Quero a prosperidade, pois trabalho com dedicação por ela, e para que ela me de subsídios para eu escrever livros que possam ajudar as pessoas a serem mais felizes.....


E se queremos o amor incondicional, devemos analisar se estamos prontos para amar as pessoas como elas são. Você já disse: “Quero alguém que me ame do jeito que eu sou!”
Eu já disse várias vezes, e passei a me perguntar se eu sou capaz de fazer isso, .....é um exercício diário de compreensão de nós mesmos e de nossas limitações.
Enfim, comecei a analisar tudo o que eu posso oferecer, e isso começou a guiar meus pedidos ao universo.

Outra questão também que me fez refletir muito foi quanto às solicitações de querer uma pessoa que resolva todos os nossos problemas. Penso que toda vez que queremos isso já nos colocamos na posiçãi de quem é incapaz de resolver nossos próprios problemas...nos diminuímos e nos colocamos na posição de vítima.....ja eu prefiro acreditar que sou forte sim, e consigo enfrenta-los....assim é mais feliz!

E terminando do mesmo jeito que comecei, pensei em tudo isso e analisei que
a energia que emanamos ao universo atraí pessoas e coisas para nossa vida, e que para pedirmos precisamos primeiro nos analisar, nos conhecer.

Quer saber o que anda pedindo??
Nosso nível de felicidade atual nós mostra exatamente atrás do que estivemos correndo até hoje

Então vamos começar a pedir com mais cuidado, nos conhecendo mais, porque sem dúvida se somos o que pedimos, temos o que merecemos.
Um lindo final de semana
Bjs
Nanny




segunda-feira, 11 de abril de 2011

Equilíbrio




O que é o equilíbrio senão a exata medida entre o pouco e o muito, o justo valor entre o caro e o barato, a real medida entre o grande e o pequeno.... são tantos comparativos, para algo que se sente que fico até em dúvida se seria possível medi-lo.
Após a cirurgia do estômago, ou melhor, antes mesmo dela, em meados de minha preparação, busquei dentro de mim o equilíbrio, e descobri que ele não morava lá.
Onde teria ido parar? Aí parei e me perguntei, será que já me senti equilibrada? Nossa, nunca tinha pensado nisso. Mas também como ser equilibrada com um biotipo desequilibrado, hormônios desequilibrados e emoções desequilibradas? Eu estava mais para bomba H, um vulcão de emoções....era tudo junto agora.

Se isso me fazia bem? De certo que não...era a perfeita divisão entre mente, corpo e espírito, que vagavam separadamente, e sem o alinhamento entre eles só há a ausência do equilíbrio, era a falta do “eu” dentro de mim.
Detectando meu real estado de sentir, percebi que faltava aquela sensação de bem-estar, de calma, e entendam bem, que alegria é um estado, que pode viver mais ao limiar da euforia, do que da paz, e eu sempre fui uma pessoa com tendência para ser alegre.

Com o decorrer dos anos, e após o recomposição de minha “bio energia”, devido à toda transformação pela qual meu corpo, minha mente e meu espírito foram passando, eles foram ficando mais próximos um do outro, e quanto mais diminuía a minha ansiedade, os meus medos, e os fantasmas do passado iam se apagando como borrões, o eixo entre meus “três eus” foi se alinhando como planetas em um sistema solar, e então comecei a sentir uma estranha sensação de calma, de paz e finalmente, de bem-estar.

Eu não precisava mais correr atrás de mim mesma. Percebi que passei uma vida procurando por mim mesma, eram meus três eus (corpo, mente e espírito) um procurando pelo outro como num jogo de rato, gato e cachorro.

E aí foi que nesse encontro eu percebi como o equilíbrio era essencial para que eu me sentisse, para eu encontrar minha verdadeira identidade, para eu poder começar a questionar minhas emoções.

Pois não basta somente sentarmos no psicólogo, terapeuta, psiquiatra, ou seja lá o que for, e tentarmos encontrar retalhos no meio da bagunça. Imagine que sua mente é um sótão abandonado há anos... de repente você resolve entrar e procurar alguns retalhos que devem estar lá em algum lugar...se não arrumar geral, ou seja, remexer tudo mesmo, não conseguirá encontrá-los... e caso os encontre, o restante de você permanecerá lá todo bagunçado, empoeirado...

E foi com essa analogia que percebi o quanto é importante cuidarmos de nossos sentimentos com carinho, de nos conhecermos. Aí acho que é a parte um pouco mais complexa, pois temos que nos encarar para encontrarmos o equilíbrio. E descobri também que precisamos estar equilibrados para vivermos a realidade, pois quando estamos desequilibrados, as coisas não tem pesos e medidas reais, e tudo que vivemos é ilusão de nossas mentes, pois tendemos a distorcer tudo, até nossa visão física de nós mesmos é uma visão distorcida.
E isso tudo que estou contando não tem a ver somente com fazer ou não a cirurgia do estômago, esta foi apenas a minha experiência, que uso como exemplo para falar da importância do encontro conosco mesmo.
Encontre-se, sinta o equilíbrio dentro de você. Não é um movimento rápido, requer cultivo, paciência...é a cada dia abrir uma nova gaveta, descobrir as lembranças que estão guardadas lá...decidir o que fazer com elas, ou seja, é um passo a passo.

Vale a pena começar a sentir a paz em você mesmo. Sabe aquele bem-estar de se sentir feliz por você mesma, de não faltar ninguém pra te “completar”, pois sua companhia é agradável e você curte os momentos que está com você mesmo??...nossa, como é bom!
Porém deixe a porta do sótão aberta sim, e convide a entrar apenas quem te acrescentar coisas boas, pois ninguém vive ou evolui sozinho. Nada melhor do que o conviver para nos despertar sentimentos e nos mostrar, através das relações, como somos verdadeiramente.
Uma linda semana a todos, com muito equilíbrio, amor e bem-estar!

segunda-feira, 14 de março de 2011

AUTOCONHECIMENTO E CORAGEM UM CONVITE À FELICIDADE


Uma vez ouvi alguém dizer que para se matar haveria de se ter muita coragem, e eu sempre me questionei a esse respeito, pois para mim esse era um ato de desistência.
Eu penso que para viver é preciso ter coragem, pois a cada dia a vida nos oferece um desafio, pois viver significa evoluir compulsoriamente. Ou a gente vai de vontade própria, ou a vida nos arrasta, mas que a gente vai, ah! isso vai!
Esse post de hoje me foi motivado por um livro que estou lendo chamado A Imensidão dos Sentidos....uma visão espírita da psiquê humana, mas que independente dos aspecto religioso, nos traz grande conhecimento embasado na psicologia humana.
O capítulo que li hoje falava sobre o autoconhecimento, e gostaria de transcrever alguns trechos que acho muito importante para todos nós que passamos ou estamos passando por esse processo de transformação seja ele qual for:
"O caminho do autoconhecimento nos leva a uma compreensão profunda do comportamento pessoal"
"o autoconhecimento dá à criatura sabedoria suficiente para que saiba julgar a si própria - pré-requisito para pode entender os outros"
"em geral, conhecer a si mesmo significa reconhecer e aceitar que há em nós os dois lados de todas as coisas. Somos capazes de ter medo e valentia, de sentir raiva e ternura, de ser generosos e egoístas, frágeis e fortes. Uma das grandes bênçãos do autoconhecimento é seu poder de transformar, a longo prazo, nossa vulnerabilidade em pontos fortes, ou seja, nosso temor transforma-se em coragem, nosso sofrimento num caminho para a integridade"
"ao descobrirmos as raízes que sustentam nossos atos e atitudes, ou ao tomarmos contato com certos aspectos psicológicos que não havíamos percebido em nós mesmos, seremos conduzidos à fonte de nossa sanidade"

Pessoal está tudo aí! Diante de nós próprios, esse é o segredo da felicidade.....conhecer a si mesmo, se entender, se respeitar, aceitar sentimentos menos nobres que por vezes não conseguimos conter....e tentar descobrir o que nos desencadeia esses sentimentos, e tratá-los e principalmente, enfrentá-los, e não simplesmente fugir deles.
Pois quando fugimos de nós mesmos e alegamos a infelicidade e falta de ânimo para seguir adiante, ou esperamos que alguém apareça para nos fazer feliz, estamos desistindo, praticamente colocando fim à nossa vida, e tenho certeza que mesmo tendo que ter muita coragem para enfrentar seus medos e se conhecer, tudo valerá 100% à pena.
Nunca é tarde para ser feliz, que tal agora?

Bibliografia: A Imensidão dos Sentidos - Um estudo psicológico da sensibilidade humana de Francisco do Espírito Santo Neto

segunda-feira, 7 de março de 2011

O prazer de comer


Depois que fiz a cirurgia do estômago e comecei a tratar minhas ansiedades, descobri o prazer de comer. Ou melhor, descobri que nunca me alimentei com prazer, e sim por necessidade de me satisfazer, de sentir meu estômago cheio, de armazenar nutrientes.
Aos poucos, conforme perdi a necessidade de acumular os alimentos em meu corpo, fui me alimentando por outros motivos, e descobri a sensação de comer por prazer, de degustar de sentir o paladar realmente descobrir o sabor dos alimentos, e principalmente dos temperos. Antes, parecia que eu sentia só o sal ou o açúcar, agora sei identificar os temperos, porque o meu paladar mental mudou.
Como é bom sentir esse prazer, e pra dar o toque final a essa descoberta, preparei um delicioso capeleti com cebolinhas francesas, e molho de páprica picante com alecrim. Hummm que aroma espetacular. E pra ficar completa essa saborosa refeição acomanha um vinho que casa perfeitamente com esta iguaria!
Um lindo carnaval a todos e vamos degustar mais sabores desta vida deliciosa!

quarta-feira, 2 de março de 2011

2 anos!


2 anos!

Dia 08 de fevereiro comemorei 2 anos de borboletismo, dessa transformação, essa cirurgia emocional vivenciada dia apos dia, do qual a cirurgia do estômago fez parte.
Foram tantos acontecimentos nesse período, e todos num romper de situações que me fizeram sempre escolher por qual caminho seguir. Eu que sempre tive dificuldade para escolher por onde ir, pra ser dona da minha direção, tive que ter coragem, enfrentar e fazer minhas escolhas. Foram e são muitos momentos de alegria, mas também foram muito momentos de crises, onde pela primeira vez eu não fugi, não me escondi, eu voei de encontro a elas, e as reverti. Porque é assim que nós borboletas aprendemos a lidar com a vida, por mais frágeis que pareçamos, e por mais aterrorizante que possa parecer a tempestade, nós confiamos, nos abrigamos durante a chuva pesada, e aprendemos a reconhecer o momento certo de batermos nossas asas para fora e ver tudo como está, e por tudo em ordem. Não há caos que não possa ser ordenado, situação que não possa ser revisitada, avaliada e modificada. Tudo tem jeito e estamos no mundo pra dar um jeito. O nosso jeito de ser feliz, o nosso jeito de evoluir, e só há um jeito, sendo feliz. Sem felicidade não saímos do lugar, a revolta é uma ancora que nos prende aos mesmos lugares, às mesmas situações, aos mesmo empregos, aos mesmos relacionamentos. Já a felicidade é leve, ela nos deixa voar cada vez mais alto, em direção aos nossos sonhos. E aí está a diferença entre quem se esforça com raiva e quem se esforça com amor pelo que busca.
E isso foi uma das maiores lições que aprendi, ser feliz basta, e nos leva sempre alem, como um ímã, atrai os acontecimentos até nós. E daí a gente sente que quanto mais nos conhecemos, quanto mais enfrentamos nossos medos e dúvidas e aumentamos nossa autoconfiança, menos precisamos compensar as coisas. Hoje não preciso mais comer meus problemas, minhas angustias....simplesmente os encaro e os resolvo. Não preciso mais me proteger com medo de sentir dor, porque a partir do momento que fui lá e encarei o monstro interior de frente, ele se enfraqueceu e eu me descobri mais forte do que nunca. Os confrontos foram muitos, mas todos valeram à pena. Por isso, se somos livres para escolher. Que todos possamos fazer as melhores escolhas para evoluirmos.
A todos que acompanharam meu blog, que ficou mais de 6 meses parado, mas agora voltará, tenho um conselho amigo para dar: Obesidade é só um efeito. Trate a causa! Se conheça, descubra porque está obeso. A cirurgia do estômago é só uma parte do tratamento. O seu corpo está do jeito que você precisa que ele esteja. Então invista em terapias que te ajudem a se redescobrir e a partir daí o céu é o limite. E isso não só em relação à obesidade, mas em tudo que não está nos deixando sentir a felicidade plena. Se você não descobrir o porque e tratar, precisará da sua proteção de volta, e a gordura pode voltar com tudo. Então trate-se, descubra o que te faz infeliz e principalmente o que te traz felicidade!
Lute pela sua! Com amor, tudo vale à pena, tudo conduz à felicidade!